De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a produtividade brasileira está estagnada há três décadas
Diante do crítico cenário enfrentado pela economia brasileira, fazer mais com menos é primordial para as empresas que pretendem sobreviver à crise. Contudo, essa não é uma tarefa fácil. Trata-se de um desafio ao qual as organizações são chamadas continuamente a vencer.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a produtividade brasileira está estagnada há três décadas. Nos anos 80, ela encolheu 1,35% ao ano. Continuou a cair à média de quase 1% ao ano na década seguinte e nos anos 2000, avançou apenas 0,9%, cifra insuficiente para zerar os tombos anteriores. E as notícias não melhoram, já que segundo o mais recente levantamento do Conference Board, compilado pelo pesquisador Fernando Veloso, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a situação da produtividade brasileira atualmente está ainda mais grave, apresentando o pior índice desde os anos 50. Para se ter uma ideia, enquanto nos Estados Unidos é possível produzir um produto com um único trabalhador, no Brasil, a mesma peça precisa de quatro pessoas para fazê-la.
Agora, se o seu objetivo é mudar essa situação e aumentar a produtividade na sua empresa, diferentes métodos podem ser adotados, mas, na prática, as melhores soluções sempre passam por “fazer de uma forma diferente”. Não é à toa que se fala tanto de inovação.
Para resultados mais efetivos, uma das formas mais eficazes de “fazer diferente” é repensando os processos. Ou seja, como as atividades estão sendo realizadas? Mais ainda. Será que as atuais atividades são mesmo necessárias? Será que não tem uma forma mais barata, rápida ou melhor da empresa produzir o resultado final planejado? Por certo que sim. Mas, para isso você precisa priorizar o planejamento. Muitas empresas estão tão envolvidas em “fazer” que se esquecem de que existem formas mais produtivas de se fazer.
Uma excelente referência a ser utilizada é a norma ISO 9001. Em sua nova versão, publicada em setembro do ano passado, o modelo de gestão utilizado é estruturado com base em uma série de requisitos que se complementam de maneira sistêmica, dentro de uma abordagem de gestão de processos e de riscos. O objetivo é auxiliar as organizações na busca por uma melhoria contínua, promovendo assim o aumento da satisfação dos clientes e produtividade da empresa.
Sem dúvida, realizar tais reflexões é um dos grandes segredos para fazer mais, utilizando menos recursos. Portanto empresários e gestores, façam uma análise a respeito e avaliem se não está na hora de repensar seus processos. Mais do que ganhos financeiros, adotar tal atitude também irá te ajudar no cumprimento de prazos, no aumento da satisfação de seus clientes e na promoção do crescimento sustentável da sua empresa.
Por: Luciano Zorzal
FONTE: Site SECOBESP – reproduzido de Televendas Cobranças