JORNAL VALOR – 09/10/2020 – Marta Watanabe
“Deixar a discussão sobre reforma tributária para 2021 é uma decisão sábia”, diz Luigi Nese, vice presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS). Não há consenso técnico nem debate suficiente para as muitas diferenças entre as três propostas que estão tramitando no Congresso, diz ele, referindo-se à PEC 45, PEC 110 e ao PL 3.887/20.
Para Nese, o melhor caminho é deixar o debate para o ano que vem e fazer a reforma em três etapas. Na primeira, definir a desoneração de folha de salários ampla, para todos os setores. “Todos são a favor disso, a questão é o financiamento”, diz. A CNS defende a cobrança de uma CPMF de 0,81% nos saques.
Após aprovada a desoneração, seria possível analisar a proposta de unificação de PIS e Cofins, diz. E, numa terceira etapa, sugere, teríamos a inclusão do ICMS e do ISS, já que isso requer um consenso entre Estados e municípios.